quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Rush - Freewill

Bom dia!

Ao falar da música Killing an Arab do The Cure, comentei que ela foi inspirada pelo texto literário de um filósofo francês conhecido, o Albert Camus. Esta música segue um caminho semelhante, ainda que seja indiretamente. Não encontrei uma referência direta a isso, mas não consigo deixar de escutar o refrão e lembrar-me de Jean-Paul Sartre, outro famoso filósofo existencialista francês.

Segundo ele, estamos condenados à liberdade. Não existe sequer a possibilidade de não escolhermos coisa alguma tornando a própria escolha de "não escolher" como uma decisão pela qual, em nossa liberdade, somos responsáveis por ela. A liberdade só acontece quandoe scolhemos e, como escolhemos sempre, somos sempre liberdade. Kierkegaard já comentava algo muito parecido com isso no século XIX.

Rush é uma banda canadense que começou como uma banda de rock progressivo e, à maneira do Yes, foi diminuindo o tamanho das canções e tornando-as mais palátaveis para um público mais amplo. O que não foi uma mudança ruim. O grupo é muito conhecido por seus exímios instrumentistas. Geddy Lee (que toca baixo, canta e toca teclado tudo ao mesmo tempo), Neil Peart (considerado por muito o melhor baterista do mundo - que toca e afina o instrumento para usá-lo harmonicamente e não só ritimicamente) e Alex Lifeson (excelente guitarrista).

A escolha da música se deu por ser a letra deles que mais me chama a atenção, ainda que goste muito das outras. O curioso é que é o baterista quem escreve as letras. Ainda que não componha a melodia da música, é ele quem preenche o hiato vocal e poético que faltaria em algumas delas.



Letra:
There are those who think that life has nothing left to chance take,
A host of holy horrors to direct our aimless dance.

A planet of playthings,
We dance on the strings
Of powers we cannot perceive
"The stars aren't aligned,
Or the gods are malign..."
Blame is better to give than receive.

Chorus
You can choose a ready guide in some celestial voice.
If you choose not to decide, you still have made a choice.
You can choose from phantom fears and kindness that can kill;
I will choose a path that's clear
I will choose freewill.

There are those who think that they were dealt a losing hand,
The cards were stacked against them; they weren't born in Lotusland.

All preordained
A prisoner in chains
A victim of venomous fate.
Kicked in the face,
You can't pray for a place
In heaven's unearthly estate.

Chorus

Each of us
A cell of awareness
Imperfect and incomplete.
Genetic blends
With uncertain ends
On a fortune hunt that's far too fleet.

Nenhum comentário: